A maior parte dos biocombustíveis não é mais ecológica do que a gasolina
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A maior parte dos biocombustíveis não é mais ecológica do que a gasolina
Relatório:
A maior parte dos biocombustíveis não é mais ecológica do que a gasolina
Uma análise revela que, embora o uso dos biocombustíveis acarrete menores emissões de gases com efeito de estufa, estes combustíveis alternativos podem ter uma pegada carbónica maior se a sua produção envolver a desflorestação para criar áreas de cultivo da sua matéria prima, para além de que produzem outros tipos de poluição, nomeadamente do solo e da água.
Foram recentemente dadas a conhecer as conclusões de um relatório que avaliou o impacto ambiental de um conjunto de biocombustíveis.
A análise intitulada “Harmonisation and extension of the bioenergy inventories and assessment” constitui uma atualização de uma avaliação feita em 2007, e é fruto da colaboração de cientistas de várias instituições - Swiss Federal Laboratories for Materials Science and Technology (Empa), Institute Agroscope Reckenholz-Tänikon (ART) e Paul Scherrer Institute (PSI).
A avaliação envolveu a comparação do desempenho ambiental de 25 biocombustíveis e da gasolina. Os indicadores usados vão desde o potencial contributo para o Aquecimento Global à destruição da camada de ozono, passando pelo aumento da ecotoxicidade dos meios de água doce e da toxicidade para os humanos.
Os resultados corroboram as conclusões do estudo de 2007. Com efeito, os autores do relatório recém-publicado concluem embora os biocombustíveis sejam apresentados como uma alternativa aos combustíveis fósseis mais “amiga do Ambiente”, na realidade, apenas alguns são mais “verdes” que a gasolina.
De facto, confirma-se que o uso dos biocombustíveis acarreta menores emissões de gases com efeito de estufa. No entanto, se o cultivo das plantas utilizadas para os produzir implicar a destruição de florestas a “pegada” carbónica torna-se maior do que no caso da gasolina.
Por outro lado, as culturas para produção de biocombustíveis podem contribuir para o aumento do carbono no solo, mas isto depende do tipo de agricultura que é praticado e do anterior tipo de uso do solo da área em que são cultivados.
É ainda salientado que a produção de biocombustíveis tem outros impactos ambientais que envolvem o aumento da poluição com acidificação do solo e o aumento, nos meios de água doce, dos níveis de fertilizantes usados no cultivo da vegetação que serve de matéria prima para a sua produção.
Tendo em conta todos os indicadores o biogás produzido a partir de resíduos e desperdícios é um dos poucos biocombustíveis que prejudica o Ambiente menos do que a gasolina – dependendo da matéria-prima usada o seu impacto ambiental pode ser menos de metade do do combustível fóssil mais comum. Por outro lado, é referido que o impacto ecológico dos biocombustíveis com base de etanol tende a ser mais baixo, mas isto depende também da forma como são produzidos e da tecnologia utilizada.
Pode consultar o relatório aqui.
Fonte: Naturlink
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