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Ambientalistas apelam à UNESCO para travar construção da barragem

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Ambientalistas apelam à UNESCO para travar construção da barragem Empty Ambientalistas apelam à UNESCO para travar construção da barragem

Mensagem  Admin Ter 7 Ago 2012 - 15:43

Ambientalistas apelam à UNESCO para travar construção da barragem Barragemvaletua

Representantes de associações ambientalistas apelaram esta quarta-feira, na Régua, à missão da UNESCO para travar a construção da Barragem de Foz Tua, considerando que se trata da última oportunidade para salvar o Douro Património Mundial.

Três especialistas do Comité do Património Mundial da UNESCO estão de visita ao Douro vinhateiro para avaliar, no local, os impactos provocados pelos trabalhos de construção da Barragem de Foz Tua, entre os concelhos de Alijó e Carrazeda de Ansiães.

Esta manhã estiveram reunidos com cerca de 20 representantes de associações ligadas ao ambiente e movimentos locais, a maior parte dos quais, desde o início do processo, se mostraram contra a construção do empreendimento hidroeléctrico.

À saída do encontro, João Branco, dirigente da Quercus, disse aos jornalistas que a esmagadora maioria dos participantes pediu à UNESCO para mandar suspender as obras. “É a nossa última esperança”, salientou.

O ambientalista referiu que as técnicas que representam a missão procuraram recolher o máximo de informação sobre a barragem e o Alto Douro Vinhateiro (ADV), fazendo perguntas sobre a linha ferroviária do Tua e os acidentes que ocorrem nesta via, sobre os acidentes também ocorridos nas obras, que resultaram em três mortes, e os impactos na socioeconomia da região.

“Eu acho que a UNESCO vai fazer o que tem que fazer para manter a integridade da paisagem do ADV e vai dizer ao Governo para mandar parar a barragem”, salientou.

Aliás, João Branco considerou que o Governo já devia ter parado a barragem há muito tempo porque “já recebeu muitos avisos”.

“É preciso parar a barragem, é preciso salvar o Vale do Tua, é preciso parar os impactos que a barragem tem sobre o ADV”, afirmou também Manuela Cunha, dirigente do Partido Ecologista “Os Verdes”.

A responsável salientou que “não há maneira de minimizar os impactos da barragem, nem com projectos de grandes arquitectos ou pequenos arquitectos sobre o ADV”.

“Se a barragem for para a frente uma ferida fica aberta e essa ferida será um exemplo negativo que vai desautorizar qualquer proibição no futuro nesta região e que vai gerar outras feridas”, sublinhou.

A missão da UNESCO visitou na terça-feira o local onde decorrem as obras da barragem, na foz do Tua, acompanhada pelo presidente executivo da EDP, António Mexia.

Durante esta semana está a ser apresentada o projecto do arquitecto Souto Moura que tem em vista a compatibilização da central hidroeléctrica, inserida na área classificada, com a paisagem.

O projecto pretende enterrar toda a central. Será ainda feito um pequeno reajuste do ângulo da própria barragem que pretende diminuir o impacto visual da mesma.

A visita ao Douro vinhateiro foi agendada após a última reunião do Comité do Património Mundial da UNESCO, que decorreu em São Petersburgo, Rússia, e durante o qual foi aprovado um “abrandamento significativo” das obras da barragem, em alternativa à suspensão das mesmas.

Este ritmo de trabalhos vai manter-se até à apresentação do relatório da missão da UNESCO, que deverá estar pronto até ao final do ano.

Depois dos ambientalistas e dos movimentos locais, as técnicas reuniram com representantes da Agência de Desenvolvimento do Vale do Tua.

Fonte: http://ecosfera.publico.pt
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