Universidades portuguesas ficarão “abaixo da linha de água”
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Universidades portuguesas ficarão “abaixo da linha de água”
Universidades portuguesas ficarão “abaixo da linha de água”
De forma sincronizada com os seus homólogos, José Marques dos Santos, o reitor da Universidade do Porto, referiu que a redução de 9,4 por cento nas dotações às instituições de Ensino Superior levará a perdas na educação, investigação, inovação, especialização, cooperação, “na angariação de financiamento comunitário” e na internacionalização, “cortando a dinâmica de atracção de alunos estrangeiros”.
Ao meio dia em ponto, todos os reitores das 16 universidades públicas portuguesas comunicaram nas suas instituições o quadro de “consequências altamente nefastas para o funcionamento das universidades” e “um futuro sombrio” para o país, dada a eventual aprovação de cortes financeiros a que o Ensino Superior estará sujeito no Orçamento de Estado (OE) para 2013.
Estima-se que para o próximo ano não haja “recursos humanos nem materiais que permitam suportar o funcionamento das faculdades e dos institutos”, a situação levará ao desperdício “da capacidade e das condições institucionais, materiais e logísticas que permitem impulsionar novos projectos” de investigação, impossibilitará “a interacção com o tecido empresarial e com a malha social, reduzindo de forma adversa a capacidade que as universidades ganharam nos últimos anos” e “perturbando a participação em consórcios”, entre outras consequências.
O presidente do conselho de reitores, António Rendas, refere-se à situação como “um problema crónico”, já que os últimos cortes já têm afectado o normal funcionamento das universidades. As bibliotecas fecham mais cedo e algumas salas deixam de estar disponíveis e agora, “a investigação científica poderá também ser afectada” e alguns alunos poderão até perder apoios sociais.
No Porto, estiveram presentes órgãos de gestão das faculdades, directores e responsáveis de estudantes, membros do conselho geral e pedagógico e alguns professores indiscriminados.
Salários de docentes em causa
O reitor do Instituto Superior Técnico de Lisboa referiu mesmo que os salários dos docentes da instituição podem “estar em causa”. Entretanto, a Universidade dos Açores já assumiu que não vai ter dinheiro para pagar aos professores já no primeiro semestre, se for aprovada a versão actual da proposta do OE para 2013.
Em Coimbra falou-se de “um dia histórico”. As aulas foram mesmo interrompidas para que toda a comunidade académica pudesse acompanhar a comunicação do reitor. João Gabriel Silva considera que “o ensino superior público está em risco em Portugal”.
Inicialmente, durante o processo de preparação da proposta de orçamento, foi anunciado às instituições de Ensino Superior que a redução seria de 3,2 por cento, em vez dos 9,4. Em menos de oito anos, as universidades públicas portuguesas sofreram o corte de 200 milhões de euros.
Com o intuito de evitar a desintegração do sistema universitário português, os reitores e dirigentes académicos irão reunir-se no próximo dia 16, ao final da tarde, para uma comunicação solene e o conselho de reitores já pediu uma audiência com o Ministério das Finanças. A reunião será na Sala dos Capelos – local onde se firmou a nacionalidade portuguesa.
Fonte: CiênciaHoje
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Data de inscrição : 20/03/2012
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